Resumo
Introdução: A braquicefalia é resultado da fusão prematura bilateral da sutura coronal e pode ocorrer de forma isolada ou como parte de uma síndrome.
Várias técnicas foram propostas para a correção da malformação, dentre elas o conceito de “frontal flutuante” que consiste no avanço da barra supraorbitária bilateralmente, juntamente com uma base do temporal, e remodelamento do frontal, que é fixado à barra, sem fixação posterior, constituindo o avanço fronto-orbitário.
Objetivo e Métodologia: Descrever minuciosamente uma técnica eficaz para as alterações supracitadas por meio do avanço fronto-orbitário e remodelamento frontal utilizando uma craniotomia em quatro peças realizada em crianças portadoras de braquiocefalia.
A correção da braquicefalia por meio do avanço frontoorbitário e remodelamento do frontal permite o aumento do diâmetro anteroposterior do crânio e propicia que o cérebro em expansão continue o avanço, uma vez que o osso frontal encontra-se fixado apenas anteriormente. Resultados: A técnica relatada permite a divisão do osso frontal em quatro peças, de modo a facilitar o remodelamento ósseo e aumentar a área da dura-máter em contato com o osso principalmente na região temporal, diminuindo-se o espaço morto no local e promovendo um melhor resultado estético.
Além disso, possibilita maior controle do seio sagital superior e veias pontes, fator essencial em cirurgias de correção de craniossinostose, em que a perda sanguínea deve ser a menor possível. Conclusão: A divisão do frontal facilita a execução da osteotomia, e até mesmo o neurocirurgião menos experiente pode obter êxito de forma segura e com total controle da hemostasia.
Artigo de:
Lucas Mainardo Rodrigues Bezerra
Franklin Bernardes Faraj de Lima
Israel Bruzatti Queiroz
Ana Maria Santos Cardoso
Pedro Oliveira Carvalho Neto
Isadora Maria Rodrigues Bezerra
Cynthia Cardozo Lima
Davi de Aguiar Portela
Francisco Ricardo Nascimento Freitas
Moacir Ximenes Sousa Neto
Pedro Henrique Piauilino Benvindo Ferreira
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