“Meu pai usava a expressão: é ir às pitangas! Quando uma coisa era simples de fazer. Me desculpem a sinceridade: operar um cavernoma de tronco não é o mesmo que ir às pitangas. É muito simples dizer eu opero! Decisão cirúrgica em certos casos, depende de cada um, de seu julgamento quanto à gravidade do caso, suas possibilidades de sucesso, de sua audácia, sua experiência e, também, de sua ignorância. Bons resultados vêm com experiência e a experiência vem da avaliação dos maus resultados. O caso em questão é difícil. Há morbidade e mortalidade. Na Medicina e no amor, bem sempre nem nunca. Com dedicatória para a Rita Lee e Jabor. Só quem não tem fantasmas que os assombram ocasionalmente são os que operam ou os deuses do Olimpo. Eu confesso que até hoje nunca me deparei com os segundos. Cuidado com as palavras, há crianças na sala, dizia vovó”
Esse diálogo aconteceu há uns 05 anos atrás e cometi a indiscrição de guardar para mim como uma mania que aprendi em casa no Piauí ainda: escute e guarde o que os mais experientes falam! A sabedoria da vida está neles! Desde então fico atento quando sou presenteado com momentos como esse em que vi Dr Francisco Salomão, no alto da sua experiência e não idade a conversar sobre um assunto específico, no entanto com o tesouro nas entrelinhas.
Conhecer a história de uma pessoa, fato ou instituição me faz respeitar e entender na medida correta o presente e por mais que não seja adivinho (ainda) olhar com menos neblina para o futuro.
Apesar de falarmos que “quem tem filho barbado é bode”, escuta quem pode e obedece quem tem juízo!
Gratidão Dr Salomão e a todos os mais experientes que me fazem um caminho menos fragoso.
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